24 de mar. de 2009

O Vírus é Prata

Ano de 1982. Na TV, o Programa do Chacrinha era a MTV tropicalista da época. A cantora Elis Regina morre de overdose. O melhor time de futebol que vi jogar, a Seleção Brasileira de 82, é eliminado da Copa do Mundo. A musica das paradas cantada no planeta era We Are The World, canção beneficente em prol do combate à fome na África. Um adolescente americano de 15 anos, Richard Skrenta cria, naquele ano, um “bichinho” que se tornaria um astro na orbe da informática: o vírus de computador. Batizado de Elk Cloner, ele estreou infectando os computadores da Apple II. Não era dos mais destrutivos. Ao celebrar as Bodas de Prata – 25 anos – os vírus evoluíram. E muito! Inauguraram roteiros virtuais que incluem cenas de discos rígidos aniquilados, dados destruídos, sites derrubados, informações roubadas e empresas paralisadas. Tornaram-se uma praga. Os vírus começaram se alastrando via disquete. Creio que os pendrive não lembram dele. Com a chegada da internet, passaram a se propagar por meio das estradas digitais. São os “bichinhos” virtuais mais difundidos atualmente. Quem já não foi “infectado” por um deles? Com o advento da internet, os vírus ficaram famosos. Ganharam nomes tão divertidos e surpreendentes quantos os das operações secretas da Polícia Federal brasileira, que caçam outras espécies de vírus. Esses, em muitos casos, letais. Ficaram famosos os vírus Sexta-Feira 13, Jerusalém, Anna Kournikova (tenista russa), Melissa, Love Letter (carta de amor), Michelangelo, I Love You (eu te amo). No submundo da internet transitam ainda os spyware e cavalos-de-tróia, parentes consangüíneos dos vírus. São lobistas cibernéticos. Eles têm a tarefa de abrir portas para os golpistas. Qualquer semelhança relacionada ao nosso submundo real é mera coincidência. Nos primórdios dos anos 90, territórios virtuais e reais são afetados pelo Vírus da Traição. Aprendi que não há vacina e nem antivírus. Ele já surgiu com as mais diversas extensões virais: .exe, .pdt, .bat, .doc, .dem, .pt, .psdb, .pif, .paf, .prof, .pof. Enfim. Putz! Apareceu um vírus.