21 de dez. de 2020

A Conjunçao


Os cientistas da astronomia estão a chamar nossa atenção para um fenômeno que esta acontecendo nos céus! Tal como no nascimento de Jesus, quando a estrela de Belém, iluminou o céu do Oriente a conjunção de dois planetas, nestes dias, iluminará a escuridão do nosso firmamento. Uns estudiosos dizem que o acontecido na época de Cristo, foi causado por uma explosão de uma estrela supernova e não uma conjunção de planetas. Entretanto, nos dois casos há uma liberação monumental de energia irradiando por todo o universo. Num caso, a explosão - arrebentação súbita, violenta e ruidosa provocada pela libertação de um gás ou pela expansão repentina de um corpo sólido, que, no processo, se faz e)m pedaços- . No outro através da conjunção -ato ou efeito de conjungir, de ligar ou associar uma coisa ou pessoa a outra(s), unir, ajuntar. Num há uma destruição para liberar claridade e morrer. No outro ha uma união, associaçao de energias para iluminar o espaço escuro e vazio! Dois planetas se avizinham e unem suas energias num só brilho para clarear o universo! Júpiter e Saturno estão em Conjunção. Esse é um acontecimento capaz de despertar nossa atenção para um exemplo a ser seguido pela humanidade! A União de energias em prol do bem estar dos povos! A comunhão fraternal de nossas luzes direcionadas para um caminho seguro pelo qual poderemos trilhar nossas vidas! 
A conjunção dos povos em favor das bem aventurançasI da vida seria nosso redençao, como seres humanos! 
Pensemos, então, na possibilidade da conjunção como instrumento de ajuda no resgate de nossos valores humanos!
Este seria o caminho pelo qual poderíamos fazer de cada dia de nossa vida, um feliz Natal.

19 de dez. de 2020

Eu, Papai Noel.


Pra não dizer que não falei de Natal eu vou falar dos meus dias de Papai Noel desajeitado, tentando substituir o insubstituível! Essa é minha saga natalina! Mamãe Noel, que sempre recebeu e deu as cartas nas festas natalinas agora, por questões alheias a sua vontade, me passou essa espinhosa incumbência. E la vou eu perdido e solitario pelos shoppings e comércio da cidade mostrar minha inexperiência com presentes! Confesso que falta muito nesse Papai Noel de primeira viagem! Convenhamos, elas são campeãs! Coragem para mandar descer as trecalhadas das prateleiras, intuição para escolher aquilo que mais combina com o presenteado e, muitas vezes, firmeza e dissimulação  para dizer que, de nada, se agradou! Sinceramente, eu não serviria para ser vendedor!
Mas, voltando ao meu assunto de Papai Noel, democraticamente imposto  pela excelentissima; eu, geralmente sempre entro na loja, já com cara de vitima! E foi numa dessas situações, onde eu explicava o porque de ser compulsoriamente alçado ao posto de Papai Noel,  que a vendedora me deu a feliz ideia: tira foto da peça no watts que ela analisa e decide. Eureka! A coisa deu tão certa que a margem de erro e trocas caiu pra zero! Mas sempre aonde tem os prós tambem tem os contras. Dia desses, manipulando meu celular a frente de um amigo, esse me perguntou se eu tinha algum site de vendas pela internet devido a quantidade de fotos de roupas e brinquedos! Seria demais ter que explicar tudo novamente! Eu sorri e desconversei!
Mamãe Noel ainda continua firme no seu trono natalino! E eu sendo uma das renas no seu trenó! 
Que o espírito de Natal ilumine nossas vidas.
Feliz Natal!
 
 

27 de out. de 2020

NIRVANA


Viver assim: sem ciúmes, sem saudades,
Sem amor, sem anseios, sem carinhos,
Livre de angústias e felicidades,
Deixando pelo chão rosas e espinhos;

Poder viver em todas as idades;
Poder andar por todos os caminhos;
Indiferente ao bem e às falsidades,
Confundindo chacais e passarinhos;

Passear pela terra, e achar tristonho
Tudo que em torno se vê, nela espalhado;
A vida olhar como através de um sonho;

Chegar onde eu cheguei, subir à altura
Onde agora me encontro - é ter chegado
Aos extremos da Paz e da Ventura!

Autor: Antero de Quental

27 de mar. de 2020

Quarentena

E de repente a cidade vira um deserto de concreto, sombrio e mudo, sem teto, sem vida. Por entre ruas e vielas o silencio passeia impune, nas calçadas e jardins, cheio de lembranças e pleno de solidão. Na torre da Igreja o relogio, entoa seu som, marcando mais uma hora  de um tempo cheio de nada.  A incerteza do amanhã refletida no olhar das pessoas, denuncia um medo terrivel do inimigo que conhecemos só  de nome.
 Compulsoriamente recolhidos em nossos lares somos privados de cumprimentos efusivos e reuniões. O aperto de mão, e o abraço foi postergado por decreto e deu lugar ao afeto a distancia e outras maneiras pouco convencionais de cumprimento. É verdade que perdemos a liberdade das caminhadas de fim de tarde e o gole gelado daquela cerveja no bar da esquina, mas redescobrimos a oportunidade de recuperar os prazeres, de há muito esquecidos, nos arquivos de nosso convívio familiar. Teremos tempo para abrir o antigo álbum de familia guardado no fundo do armário, renovador das nossas recordaçoes;  recomeçaremos a leitura daquele livro, na pagina, que nem lembravamos mais; falaremos com ela aquilo que a pressão do tempo, nunca nos deixou falar; e quem sabe ate colocaremos a rodar, na antiga vitrola aquele vinil de Gonzaguina.  Sob o som de  Começaria tudo outra vez, dançaremos um bolero em nossa sala. E com a cuba livre da coragem em minhas  mãos, aguardaremos toda essa tempestade passar, para voltarmos a apreciar da sacada, o pôr de sol de nossos dias ensolarados de esperança.