30 de dez. de 2007

A Virada

E esses anos apressados que não param de passar! O ritual sempre se repete. Vestimos nossas roupas brancas, nos lançamos em lembranças de acontecimentos, de pessoas que passaram por nossas vidas, de empreendimentos concretizados, de desilusões..... E um momento de solidão nos arrebata a alma ao tempo em que a alegria dos fogos de artifícios traz efusivos abraços liberados nos estalos das rolhas de garrafas de champanhes. Promessas para santos, flores pra iemanjá, pula-pula de ondas na praia tudo com o intuito em alcançar objetivos próprios traçados em cima de nossos egoismos. Mas o tempo nos torna indiferentes sobre a magia das coisas. E não tem santo que me cure desse desatino repleto de vontades do tocar em frente, de buscar nos passos dados as promessas da caminhada. Por que agendar certezas, quando o próprio tempo, com seu andar milimétrico e sem ponteiros, é em si apenas o convite ao hoje? O jovem tímido, inquieto e dançante que mora em mim toda a vida parece me puxar pela perna da calça, vasculha alegrias nas fotos tiradas, revira papéis e mais papéis de palavras escritas, rasga dúvidas e tristezas, pede caneta, rabisca flores, e repousa os olhos no horizonte cheio de vontades sem limites. Cuidássemos mais da possibilidade de sermos felizes como cuidamos da ceia de natal, das bonecas e carrinhos, dos mimos, quem sabe a magia daria naquele lugar que os olhares que eu colhia alcançavam. Pois posso até ter minhas ressalvas sobre como muitos de nós, inclusive eu, lidamos com as verdadeiras importâncias. Mas não questiono nossa capacidade de voltar ao início das coisas e seguir adiante com o coração repleto dessas boas intenções - e o desejo verdadeiro de colocá-las em prática - que a maioria só se permite pensar contemplar e vivenciar em datas determinadas em um calendário. Que bom!... Se o balaio de nossas boas intenções estivesse permanentemente cheio todos os dias de nossa caminhada. Aí, sim! O reveillon, efetivamente, aconteceria. No tempo certo, na hora exata da virada interna.

11 de dez. de 2007

Dezembro

O mês dos balanços, de olhar para trás, do que foi bom e do que não foi. O mês dos planos, de olhar para frente e sonhar com tudo o que ainda pode acontecer. Planejar como se um novo ano signifique mais que novos nomes dados aos dias de nossas vidas. Como ocorre nos inícios, onde as máculas inexistem e o vislumbre é do belo e do bom, como um caderno em branco no início de um ano letivo, que sonhamos preencher com uma bela caligrafia todos os dias, sem amassados, rasgos ou rasuras. Talvez seja uma ilusão, mas é assim que vejo dezembro. É o mês dos araçás, dos butiás, das pitangas. Em dezembro, a grande novidade era o comércio abrir à noite. As Lojas, todos localizadas no Centro, abriam até as vinte e duas horas. Muitos iam às compras, outros somente para passear, paquerar, para se divertir. E havia o cine Mussi.Após as compras ou no final do passeio pelo centro, com a costumeira volta ao redor do jardim Calheiros da Graça, a parada obrigatória era sempre na Miscelânea. Considero uma bênção poder morar em Laguna, onde ainda se pode sair por aí, sem rumo certo ou propósito definido, pelo simples prazer de passear, sentir o cheiro do mar, ver a beleza de suas praias a imponência de seu centro histórico e ainda, extasiar-se no pôr do sol da Lagoa Santo Antonio dos Anjos. Entregue as lembranças, gosto quando me surge a oportunidade, principalmente em dezembro, de percorrer as ruas iluminadas de Natal de nossa cidade. Alguém teve a idéia genial de cortar o tempo em fatias, assim poetou Drummond.
E essa fatia de tempo que cabe a dezembro é toda dedicada ao Natal. Cada fatia de nosso tempo tem uma duração. Lendo ou escrevendo, o tempo voa. Em qualquer sala de espera, ou fila, os minutos somem magicamente pelas largas mangas do tempo e não temos como recuperar aqueles pedaços de momentos perdidos. Pensar resolver-se sem entender-se é pura perda de tempo. Ganhar tempo é ser ágil nas ações e conclusões. O tempo deixa os cabelos brancos, as rugas, e uma gordurinha a mais, mas a alma (ah! Essa sim!), continua atemporal. Continua no inicio das eras quando a vida fresca e orvalhada brilha à luz do sol do amanhã que sempre chegará. E o tempo de Natal é sonoro, cheio de gentilezas e enriquecimentos, quando os sentimentos do coração verbalizam-se. É tempo de semear amor, atenção, carinho, solidariedade. É tempo de sorrir, mesmo sem saber o porquê. É tempo de significâncias, quando reavaliamos nossa trajetória de vida, mudamos nossos rançosos pensamentos, e nossos olhares opacos, embaçados, reaprendem a brilhar, enxergam as pessoas ao nosso redor sob novo prisma e alongam-se na direção do horizonte em busca de novas manhãs. O tempo de Natal é alegre, musical, de solidariedade, de cumplicidade. É tempo de olhar o próximo e descobrir nele um filho de Deus igual a nós, o nosso espelho, a nossa face mais nítida, com compreensões diferentes da vida, com um modo peculiar de olhar os acontecimentos por ângulos que desconhecemos, mas nem por isso menos verdadeiros. É o tempo de mutações pessoais, de troca de energia, de incluir-se no mundo do outro e de excluir-se do egoísmo, da falsidade, do desentendimento. É tempo de sinceridade, de generosidade, de amorosidade não só com o nosso próximo: também conosco. É tempo de sabermos o quanto somos importantes na orquestra da vida, mesmo que apenas carreguemos as partituras.Que somos deuses, mesmo com nossos defeitos. Que somos amados por Deus, mesmo com nossos atos falhos. Que somos a suprema instância da maravilhosa criação divina , mesmo que queiramos nos destruir. E que jamais fugiremos ao destino que nos foi reservado: a felicidade! Feliz Natal, Leitores do papodaesquina!

5 de dez. de 2007

Pianorquestra e João Bosco

Uma hora e meia viajando pelas entranhas da musica popular brasileira. Um dos melhores sons da nossa canção aportou em Florianópolis , nesta quarta-feira. Foram quatro as capitais escolhidas pela Funarte e Petrobras para homenagear os 30 anos do projeto pinxinguinha: Vitória, Florianópolis, São Paulo e Porto Alegre. O show Pianorquestra e João Bosco empolgou os presentes no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina.
O grupo Pianorquestra formado por quatro pianistas e uma percussionista consegue transformar o piano em uma orquestra. Com o uso de objetos corriqueiros tais como luvas, correntes de metal, baquetas e até sandálias havaianas, reproduzem, sem qualquer efeito eletronico, sons similares a contrabaixo, guitarra, cavaquinho, e os mais variados timbres percurssivos.
O repertório, privilegia a nossa música popular brasileira, percorre o erudito e o popular, passeando por composições de Vila-Lobos, Claudio Santoro e Milton Nascimento, e ritmos de samba, coco, maracatu e ciranda.
Uma apresentação capaz de mostrar toda a expontaneidade e criatividade do musico genuinamente nacional.
Como se não bastasse para o espetáculo, João Bosco entra em cena e a platéia em transe musical, delira ao som de Papel Maché, Mestre sala dos mares, De frente para o crime, Dois prá lá dois prá cá, O bebado e o equilibrista, Perversa, Cabaré,.....
Cantor, violonista e compositor, João Bosco faz na voz e no seu violão a melodia parecer universal aos nossos ouvidos.
Um show para enaltecer ainda mais a competência de nossos musicos e ratificar a qualidade e diversidade do ritmo brasileiro.
A noite quente e chuvosa da capital me proporcionou a agradável oportunidade de assistir à apresentação inequívoca de um gênio de nossa canção popular.

15 de nov. de 2007

Panorama

Aquela tarde de calmaria insinuava um convite para um olhar diferente sobre a Laguna. E, do alto da Glória, meus olhos foram as lentes que focaram, com encantamento, a visão das construções barrocas do nosso centro urbano.
Testemunho da arquitetura açoriana, os casarios, as praças, e as ruas vão revelando uma a uma a maravilha do acervo construído, com requinte artístico, pelos marcenerios e pedreiros de outrora.
Obra de nossos construtores de templos vindos de além oceano, a cidade é uma obra de arte entalhada numa pedaço de terra que aponta para o mar. Mais de três séculos de brasilidade estão presentes nas ruas estreitas e típicas da Laguna. Elas são o testemunho da história da cidade e do cotidiano de seus moradores.
Em meio a uma arquitetura colonial, a natureza colorida preservada da poluição industrial de nosso tempo, encanta seus filhos e visitantes e torna a cidade um verdadeiro convite à vida. Sem dúvida alguma, pelo caráter de nosso povo cordial, comunicativo e acolhedor, somos a terra da amizade. É um cenário perfeito do encontro de uma viagem pelos corredores do tempo e a beleza da mata atlantica do litoral sul do Brasil.
São 600 casarões de diferentes períodos econômicos, retratando uma cultura de origem, predominantemente açoriana, encravadas numa geografia unica.
A torre da Matriz sobressai por entre os casarios coloniais e as altas palmeiras reais do Jardim Calheiros da Graça.
O verde do morro da Cruz e da mata nativa que protege a secular Fonte da Carioca contrasta com o cinza dos telhados do conjunto arquitetônico que constitui parte da história da cidade.
As docas, o prédio centenário do mercado e o sol se pondo por detrás dos montes que ladeiam a Lagoa, impressiona e arrebata o coração daqueles que apreciam a beleza que a natureza derramou sobre Laguna. Na revoada do bando de pássaros o prenuncio de um fim de dia.
A exuberância das cores criadas ao acaso passeia entre o amarelo, o laranja, e o vermelho a medida que o espetacular ocaso vai se desenrolando.
A lagoa que, à noite, se veste de dourado para a pesca do camarão pinta-se de laranja. E aquele coração de igarapé que, caprichosamente, a natureza mantém desenhado em seu leito, parece pulsar num vermelho escaldante no meio da Lagoa Santo Antonio dos Anjos.
Cria-se assim um enredo maravilhoso para um final de tarde de verão no alto do Morro da Glória. E aos poucos o astro vai se escondendo por detrás do monte no formato de uma medalha de ouro muito brilhante.
É quando eu me ponho, inadvertido, na ponta dos pés tal qual um menino inquieto, como se fosse me debruçar por cima dos morros que envolvem a Lagoa, para não perder os últimos raios de sol que sustenta o fenômeno. Percebo o movimento instintivo e me refaço.
Volto, então a observar esse grandioso painel pintado pelo artista de todos os mundos.
E no profundo sentimento da sua presença uma evidente constatação de nossa pequenez.
Um longo momento de silencio e de reflexão...

1 de nov. de 2007

O Menir Lagunense

Ainda lembro como se fosse hoje! As formações arredondadas das rochas vermelhas da praia do Iró, tão perfeitamente desenhadas pela natureza, que pareciam obras de arte entalhadas em pedra, pela mão do homem. Seguindo em frente ultrapassei a majestosa rocha que avança mar à dentro, cortada no meio, para dar passagem a estrada que leva o Mar Grosso a Praia do Gi. Foram seis quilômetros de areia, mar e vento, os companheiros da minha odisséia à ponta do morro do Gi. A esquerda, os cômoros com sua vegetação rasteira de trepadeiras e juncos, judiadas pelo nordeste persistente. Suas rajadas desarrumavam e arrumavam os montes de areia numa ordem indefinida. Era a natureza tentando organizar o caos. Com seu marulhar ritmado, o mar, varria com suas ondas, a praia do Gi, trazendo em sua crista o alimento que o mergulho certeiro das gaivotas pescadoras, recolhia das águas. E assim, aos poucos, foi sumindo na distancia, a imagem do Hotel construído sobre a rocha no inicio da praia. A medida que me aproximava do morro do Gi as mais diversas perguntas investigativas tomavam conta de meu pensamento. O que seria aquele monumento na ponta do morro banhado pelo mar? Os Menires, popularizado pelas histórias em quadrinhos de Asterix e Obelix, estão presentes nos quatro cantos do planeta; seja em Cromeleque Almendres, em Portugal, seja na Bretanha, França ou na Grã-Bretanha onde existe o Circulo de Pedra de Stonehenge que serve de referência ao início de cada solstício de verão e as estações do ano. Menir, é uma palavra que vem do bretão e significa pedra grande.... Perdido nas indagações sem que encontrasse, sequer, qualquer resposta para as minhas divagações, encontrei-me já caminhando sobre a pequena elevação de terra e pedra, que forma a ponta do Gi. Por uma trilha estreita que me levou a uma majestosa lage que se inclina para o mar, cheguei ao grande Menir da Laguna - a Pedra do Frade. Desafiando a lei da gravidade ela parece que vai se precipitar, a qualquer instante, para dentro do oceano. Com aproximadamente cinco metros de diâmetro e oito metros de altura, impressiona pelo seu porte e localização. São trinta toneladas de granito a desafiar a imaginação de visitantes e curiosos. Também chama a atenção a pedra triangular sobre o seu topo parecendo lhe servir de tampo. É um monumento intrigante pela sua forma perfeita de paralelepípedo, apoiado verticalmente, sobre aquela laje inclinada para o mar. È, também, instigante porque suscita na imaginação das pessoas as mais diversas histórias sobre seu surgimento, naquela área do território lagunense. Entre elas, aquela que há muitos anos, enquanto alguns sábios meditavam naquele lugar, começou uma forte tempestade que provocou uma espécie de avalanche de pedras que em vez de os atingirem, simplesmente pararam. Permanecendo da maneira como a conhecemos, hoje. Conta-se, também, que foram os fenícios que a cerca de dois mil anos antes de Cristo, a tenham colocado ali como uma referência.Já para alguns ufólogos o Menir é considerado uma obra dos deuses astronautas.O fato é que o Menir lagunense do Frade é um ponto turístico importante da cidade. E, está lá, imponente, fascinando os visitantes e desafiando nossas mentes a encontrar uma explicação plausível para aquele fenômeno.

8 de out. de 2007

Farol de Santa Marta

Uma rara visão de beleza a arquitetura que dá forma ao Farol de Santa Marta.
Esse tipo de equipamento foi projetado pelo francês Augustin Fresnel, em 1822, e seu sistema de lentes de cristal era capaz de concentrar os raios luminosos em fachos superpotentes. Atualmente, cada farol emite um sinal de cor, número e intervalo de piscadas diferentes. Não há dois faróis iguais no país. Tecnologias de navegação via satélite poderiam abolir os faróis, mas, no mar, acima de qualquer avanço tecnológico, os faróis resistem como símbolos de um certo romantismo. A travessia pela balsa é o começo de uma viagem inusitada.
Os botos, a vista do porto e da garganta formada pelos molhes de entrada da barra nos dá a dimensão do empreendimento ao qual nosso espirito aventureiro esta a nos proporcionar.
Na brisa leve do vento de norte e com um céu azul de brigadeiro tomamos a estrada poerenta de chão batido, ladeada por dois lagos visitados por biguás e garças que permaneciam indiferentes a nossa presença.
Ao atravessar a localidade da passagem da barra, notamos as raras construções açorianas que ainda adornam a paisagem.
De vinte a trinta minutos viajamos na estrada aberta entre a vegetação rasteira, própria da nossa região de mata atlantica, até avistar as dunas que formam os grandes sitios arqueológicos que se põem a poucos metros do morro do Farol. São 15 km de estrada de chão, atravessando um cenário inusitado entre dunas e lagoa, que parece levar o motorista a lugar nenhum. Quando a última duna é contornada, surge o morro do Farol imponente compondo espaço com pequenas casinhas ao redor.
Ali encontramos um pedaço de nossa Laguna avançando por sobre o Atlântico.
Le Phare de Santa Marta, como chamavam os franceses que o edificaram, possui 29 metros de altura. É um torreão com paredes de dois metros de espessura construido de pedra, areia, barro e óleo de baleia, encimando uma casa de forma quadrada. A escadaria que dá acesso ao alto da torre compõem-se de 142 degraus.
O aparelho ótico do farol foi construído na França pela empresa Barbier, Benard & Turenne. É a luz do Farol de Santa Marta, que guia as embarcações avisando-as do perigo iminente. Considerado um dos maiores das Américas, foi construído em 1891. Um foco com altitude de 74 metros e alcance geográfico de 92Km. Sua luz emite lampejos brancos e vermelhos a cada 15 segundos, do alto de uma colina, e intriga a mente de quem observa, a grande distancia, o horizonte sul. Parece ser uma nave tentando pousar naquela ponta de terra de nossa cidade.
Mas é o farol de Santa Marta hipnotizando os viajantes e aventureiros para aquele lugar mágico, cheio de energia e belas paisagens. Ele domina, imponente, a ponta do cabo que lhe dá o nome, cercado por dunas brancas e belas praias.
Observamos mais ao sul, o litoral afastando-se da serra, e as praias tornando-se longas lâminas de areia varridas pelo vento, escasseando as povoações. Este é um dos espetaculares cartões postais da pequena grande cidade da Laguna a esbanjar belezas naturais, ainda preservadas e fatos históricos que só engrandecem o nosso Brasil.

1 de out. de 2007

Circ du soleil du Brésil

Este fim de semana tive uma boa surpresa. Conheci e assisti um grupo de artistas que conseguiu reunir numa mesma receita de divertimento um mixto de teatro, circo, e humor.
Foi uma surpresa agradável descobrir o Grupo Tholl, imagem e sonho do estado do Rio Grande do Sul. Para quem sonha em assistir a uma apresentação do Cirque du Soleil, como eu, é inevitável a admiração por este grupo chamado Oficina Permanente de Técnicas Circenses(OPTC), de Pelotas, que eu só fui conhecer esta semana. A OPTC existe desde 1987 e segundo a Secretaria de Cultura, é a precursora da nova arte circense no Estado, desenvolvendo também atividades sociais, como oficinas para meninos e meninas de rua.
Patrocinado pela Eletrosul, o grupo se apresentou, aqui em Florianópolis, no ginásio de esportes da Elase.
No espetáculo de uma hora e meia a companhia mostrou toda a sua capacidade de arrebatar a platéia. Com números de clown, equilíbrio em bola, acrobacia, tecido-aéreo, arco-aéreo, monociclos, pernas-de-pau, pirofagia, contorcionismo, equilibrismo e malabarismo muito bem ensaiados e apresentados sob efeitos de luz e sons esplendorosos, aqueles artistas ofereceram aos que lá estiveram um espetáculo glamuroso, preciso e emocionante..
Na apresentação de Tholl, Imagem e Sonho os artistas usam as emoções como linguagem, libertando o espectador para fazer sua própria leitura de forma simples e sincera. Utiliza, ainda, a força da interpretação corporal, a luz, os figurinos e os efeitos especiais para transportar o público ao mundo de sonhos e fantasias.
É um espetáculo que sublima a forma como linguagem principal, associando às emoções, libertando o espectador para que este faça sua própria leitura de uma forma simples e sincera.Com a força da interpretação, pelo instrumento principal o corpo, a luz que cria um clima mágico, figurinos e efeitos que transportam a um mundo de sonhos e fantasia.
Com dezessete atores em cena, revezando em várias técnicas, eles abrem as cortinas criando um grande Portal da alegria que separa o mundo imaginário de “THOLL” do mundo real.
Os artistas desta mundo mágico ultrapassa esses limites, com a intenção de contagiar o público com sua alegria e paixão, fazendo de pequenos momentos imagens inesquecíveis, resgatando em todos, o sonho de um dia fazer parte de um circo.
Ou simplesmente brincar, pular em um número de corda acrobática, flutuar em tecidos pelos ares, rir dos palhaços com suas estripulias, vibrar com ágeis acrobatas em seus saltos, trancar a respiração quando o equilíbrio e a gravidade são desafiados, ter a coragem dos pernas-de-pau, ficar hipnotizados com o fascínio e a magia do fogo, a precisão dos malabares, a sincronia dos monociclos, a beleza e plasticidade dos movimentos no arco-aéreo até que, como em tudo...
E quando cerram as cortinas do espetáculo deixam a idéia de que nossos sonhos nunca serão esquecidos por mais impossíveis que pareçam, deixando cair uma chuva prateada sobre estes sonhos, levando-os para dentro de nossos corações,e resgatando em nós a Alegria do bem viver.
Viva o mundo da fantasia criado pela Troup Tholl, imagem e sonho.

24 de set. de 2007

Relembrando

Um nordeste insistente soprava a chuvinha fina que eu via escorrer por sobre o capô do carro. O ritmo da chuva persistente era marcado pelo barulho do vai e vem do limpador de para-brisas fazendo aflorar na mente, lembranças remanescentes, que já se houvera apagado da memória. Atento no trânsito, eu viajava em pensamentos que povoaram nossos sonhos de um jovem passado na Laguna
E foi, assim, tomado pela recordação de fatos acontecidos na juventude que comecei a divagar sobre coisas de um passado sem precedente na história de nossa centenária cidade. Lembrei-me de um tempo onde o cheiro do butiá maduro nos campos da Barbacena, impregnava o ar das proximidades do trevo de entrada de Laguna.
Dos napoleões, um arbusto de folhas muito compridas e espinhosa, debruçados por sobre os limites de nossos quintais formando uma cerca viva que protegia nossas casas. E nossas primaveras eram anunciadas pelo desabrochar de seus lindos bouquets de flores brancas.
Um passado que o banho de mar na praia do Mar Grosso era precedido pela travessia suada de um pequeno deserto de comoros de areias, muito branca e quentes, que castigavam nossos pés descalços.
Das jovens festinhas americanas, onde embalados nos sons que contrariavam os padrões da época, premeditávamos a mudança de comportamento de nossas futuras gerações.
Das memoráveis sessões de cinema das seis, onde a namorada vaidosa nos deliciava com seus carinhos banhados no delirio de seus perfumes .
Do carnaval da rua Raulino Horn. Do cacareco do seu Iris e do pirão d´àgua do Mané pintado; e daquela escola de samba Bem amado, cuja novela veiculada no canal de Televisão de então, retratava com fidelidade as práticas políticas que continuam a perdurar até os dias atuais.
Da Bandinha Maluca que ainda faz da ruas da Laguna um palco sem igual, cujos personagens, gente do nosso cotidiano, representam com maestria um singular papel; pintam o rosto e fazem brincadeiras de palhaço para animar nosso carnaval.
Das entradas trinfais dos inesquecíveis cordões carnavalesco Bola preta e Bola branca nos carnavais de nossas sociedades; e daqueles sabados de carnaval do 3 de maio que entravam pela manhã de domingo, a dentro.
Que delicia de sorvete! Aquele, de coco, da Miscelânea.
Mas hoje quando me ponho a observar o paredão de prédios que adornam toda a orla da praia do Mar Grosso, sinto a mudança de nossos dias.
Aquele prédio majestoso de outrora que abrigara o Cine teatro Mussi, agora jaz abandonado a própria sorte, guarda somente a lembrança de filmes como: Rei dos Reis, Moisés, Flor do Pântano, Princesinha de Luxo, Taras Bulba, sete Homens e um destino, Juventude Transviada, Assim Caminha a Humanidade e tantos outros que deixaram sua marca em nossas memórias e fizeram sucesso neste mundo maravilhoso da sétima arte.
E vejo a procissão de lampeões que iluminava a lagoa, e anunciava a chegada dos camarões sendo, aos poucos, substituidas pelas artificiais fazendas criadoras de camarão em cativeiro.
Sinto-me envolvido na realidade de um outro tempo; onde as mudanças não dão trégua a criatividade humana, tornando a novidade de hoje a coisa ultrapassada e obsoleta do amanhã.

21 de set. de 2007

Só muda o endereço

Quando abro os jornais com notícias da semana, sempre deparo com um rosário de reclamações.
A falta de energia que desliga a cidade o calçamento das ruas que nunca termina e o troca troca de partido, dos políticos que procuram suas beneces.
O cidadão esbraveja, critica e jura que não votará mais neste ou naquele partido da atual administração municipal.
Enganam-se aqueles que acham que estou falando da Laguna. Encontro-me sentado na sala de minha casa aqui na Capital, lendo o jornal, e assistindo noticias na televisão.
Doze horas, foi o tempo que o norte da ilha, aqui em Florianópolis, ficou às escuras.
O motivo do blecaut alegado pela concessionária, é o mesmo. Manutenção dos isoladores, baixa capacidade dos transformadores para atender a demanda da rede instalada.
No noticiário televisivo continua aquele cidadão a reclamar da obra do calçamento na sua rua, no bairro Trindade. Ele não me é estranho. Eu pego meus óculos, pois meus olhos já estão traindo a identificação das pessoas à distância, e chego perto do video. O sujeito é um velho conhecido da Laguna radicado na capital.
Os problemas são sempre os mesmos, a única coisa que muda é o endereço. A negligência com relação a boa continuidade dos serviços prestados pelas empresas é uma constante.
Não existe uma antecipação dos acontecimentos. Na maioria de nossas empresas, o departamento de manutenção não dispõe de um plano de trabalho preventivo, capaz de evitar essas imprudências.
Assim foi com o acidente na substação da Celesc no bairro Serraria em São José e com aquele acontecido com os cabos de energia que passam pela Ponte Colombo Sales, e alimentam toda a ilha de Florianópolis.
Ambos demonstram o pouco caso de nossos administradores com o quesito manutenção.
A negociação entre siglas partidárias sempre acaba em distribuição de cargos na administração pública. E, inevitavelmente, acaba colocando um indicado político a frente de órgãos que deveriam ser dirigidos por profissionais técnicos altamente qualificados.
Portanto, caros conterrâneos, não estamos sós a enfrentar tais problemas. Menos mal, que eles estão a acontecer num período fora da temporada de verão.
Foi providencial a incursão do prefeito junto a diretoria da Celesc. Seria lamentável que esses contratempos viessem a ocorrer quando a cidade estivesse lotada de turistas.
Já a obra de pavimentação trouxe um novo desenho para as ruas, deixando-as mais vistosas. Mas este trabalho não pode se estender até a proxima temporada; porque, certamente, seria prejudicial ao trânsito e ao visual da cidade. Vamos tentar fazer diferente e deixar a Laguna pronta para o verão.
Uma pergunta, ainda, não quer calar. Quantos políticos, por esse Brasil, negociavam uma mudança de sigla, enquanto este texto era escrito?

7 de set. de 2007

Pesquisa

ESPECIAL PESQUISA: Projeto do Departamento de Ecologia e Zoologia estuda pesca artesanal na Baía Norte-Florianópolis Em campo: 12 meses de contato com a pesca artesanal. Acompanhando durante 12 meses o trabalho de oito pescadores, o estudante da 8ª fase de Biologia da UFSC, Raphael Bastos Mareschi Aggio, caracterizou as principais atividades da pesca artesanal praticada na Baía Norte de Florianópolis. Foram longos dias de pesca, cerca de 250 horas trabalhando com os pescadores de Sambaqui e Saco Grande, em Florianópolis; da Caieira e da Fazenda
da Armação, em Governador Celso Ramos. A pesquisa faz parte do projeto “Caracterização da pesca artesanal no mosaico de áreas protegidas do litoral de Santa Catarina”, orientado pela professora Natalia Hanazaki, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC. A intenção é reunir dados sobre a arte da pesca nestes locais, as espécies capturadas e seus valores de mercado, números de pescadores artesanais e ainda a situação sócio-econômica da comunidade pesqueira. Transformação Trinta e quatro pescadores foram entrevistados Aggio explica que o crescimento acelerado de moradores no entorno da Baía Norte modificou a fisionomia e a dinâmica ambiental da região. Além disso, os dados sobre a pesca no local são escassos e não há estudo preciso sobre a técnica de trabalho dos pescadores artesanais. Até mesmo o número de pescadores é incerto, pois a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP) está efetuando um recadastramento. Sobre a condição de vida dos pescadores, o estudante diz que muitos reclamam da instabilidade econômica da profissão e da dificuldade em planejar suas vidas a longo prazo. Todos os 34 entrevistados não desejam a vida de pescador para seus filhos e investem na educação dos jovens. A renda média é de um a dois salários mínimos, o que faz 65% dos entrevistados buscarem outras fontes, como a maricultura, agricultura, criação de animais, o comércio e trabalho informal de verão, aproveitando o potencial turístico da capital. Visão crítica-O estudante revela que não foi fácil recolher os dados, pois havia muita desconfiança dos pescadores nas primeiras entrevistas. Mas a cada pescaria, que durava cerca de 4 a 5 horas, eles se sentiam mais à vontade para contar suas histórias e as dificuldades da profissão. A maioria dos problemas é relacionada à condição financeira e também aos conflitos com órgãos reguladores da pesca na região. Aggio cita o caso da Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim (APAA), onde existem regras para a pesca, como por exemplo, a proibição da prática do arrasto. A crítica levantada pelo estudante é a falta de preocupação dos órgãos competentes em orientar os pescadores sobre o porquê de certas proibições, evidenciando que ainda faltam informações básicas sobre a ecologia dos animais marinhos locais e sua interdependência. Na opinião do estudante, não adianta apenas proibir, é necessário conhecer a vida destas comunidades e investir no co-gerenciamento das áreas pesqueiras, assim será possível apontar alternativas para quem depende da pesca e tornar o pescador um aliado da conservação. O estudo mostra que os pescadores têm uma consciência ambiental e sabem o que deve ou não ser feito para sua manutenção da atividade. Inclusive concordam que a rede de arrasto mata larvas de diversos organismos e captura pescados muito pequenos. Entretanto, apesar de detectar essa visão, o projeto registrou transgressões de leis como o uso do arrasto em local proibido e redes fixas colocadas em costões rochosos. Em ambos os casos, os pescadores conheciam a lei, mas realizaram a pescaria ilegal. O estudante afirma que em nenhuma das pescarias acompanhadas houve fiscalização dos órgãos reguladores. Os resultados são parciais, já que Aggio renovou sua bolsa por mais um ano. A meta é formular documentos que apresentem um panorama dessa atividade, em linguagem acessível tanto para os pescadores artesanais como para a comunidade científica e para instituições governamentais e não-governamentais que atuam no local. Assim o projeto pretende ser uma fonte de dados para trabalhos futuros de análise e desenvolvimento da pesca artesanal na região da Baía Norte.
informações: http://www.ecoh.ufsc.br/, fone 3721 9460; e-mail: raphael.aggio@gmail.com
Por Fernanda Rebelo Pereira/ Bolsista de Jornalismo na Agecom -UFSC

6 de set. de 2007

A comunicação do nosso tempo

Sentado em frente ao computador, lembro de um tempo em que a máquina de escrever era o instrumento usado para datilografar textos e documentos
As cópias conseguidas através do papel carbono, borravam com insistência, nossos dedos e perturbavam nossa paciência.
O barulho do teclado ainda é o mesmo, mas o avanço tecnologico alcançado, nestas ultimas décadas, mudou o formato e a maneira da comunicação mundial desse século. O reflexo dessas mudanças são sentidas no dia a dia do relacionamento entre as pessoas.Existe um certo distanciamento nos contatos interpessoais. Estamos ficando, um tanto, sós.
Não vai muito longe uma época em que as salas de cinema, e as praças das cidades eram os locais que nos propiciavam a oportunidade de ver pessoas, contar novidades e trocar opiniões. Tudo acontecia ali, no cara a cara. Sentiamos a reação das pessoas.
Nas tardes de domingo corriamos para assistir aos famosos seriados no cine Mussi. A reunião já começava na entrada do cinema, com a troca de gibis e de figurinhas, principalmente de futebol, colecionadas para completar nossos álbuns. Ficavamos ansiosos, a espera do fim de semana, para assistir o desenrolar do próximo capítulo da série.
Tinhamos mais tempo para conversar e fazer amigos. Não estavamos atrelados a horários de novelas e nem a bate-papos virtuais dos okuts e email's. Com o advento de novas tecnologias, esses locais foram, aos poucos, se esvaziando. Os cinemas conseguiram subsistir, somente em grandes centro urbanos, dentro dos shoppings e as praças permanecem, mas os seus bancos estampam a solidão dos centros de nossas cidades. Na grande maioria das médias e pequenas cidades do país as salas de projeção, cerraram suas portas.
A evolução cientifica dos meios de comunicação de nossa atualidade recolheu o ser humano para o limite de suas casas.
Se por um lado, a televisão, o DVD e o computador trouxeram avanços importantes na maneira e na arte de se comunicar, por outro, nesse primeiro momento, interferiram negativamente nas relações interpessoais. Estes inventos tornaram a comunicação numa via de mão única. Os formadores de opinião estão ditando o que devemos ver e ouvir.
O individuo é induzido a acreditar nos acontecimentos veículados pelos sistema de informação, sem a oportunidade de contestá-los.A televisão com suas programações e horários, inteligentemente bem concebidos, contribuiu decisivamente para que este fenômeno acontecesse.
Fomos subtraídos dos antigos e costumeiros espaços, usados para interargir socialmente. Surgiu, com os aparelhos de video, as já consagradas lojas de aluguéis de fitas em DVD. Com a sua popularização, tornou fácil e econômico alugar DVD's e assistir os filmes, em casa com a família.
O ruído na comunicação se acentua, quando esses aparelhos são alocados nos quartos dos filhos. Recolhidos em seus aposentos, o tempo na frente da televisão e do computador, ultrapassa, em muito, aquele da conversa entre os membros da mesma família.
Estamos nos tornando ilhas no meio de um oceano de informação. A competição no ambiente de trabalho vem individualizando as pessoas, acirrando animos e prejudicando os relacionamentos profissionais.
O stress e a depressão são doenças relativamente novas, que se intensificaram motivadas por essa mudança comportamental exigida pela vida moderna. As empresas já não utilizam mais o atendimento direto ao cliente. A informática criou a telefonia digital e com ela surgiram os telemarketing's. Um serviço distanciado e impessoal, que numa sociedade alegre e descontraída como a nossa, na maioria das vezes, se mostra ineficiente.
Este sistema de atendimento adotados, na sua maioria por empresas prestadoras de serviços, quando muito, resolvem parcialmente os problemas levantados por seus clientes.
Esta não é uma critica velada às invenções tecnológicas da comunicação de nossa era, mas uma constatação de quanto estamos reféns de determinados veiculos educativos em detrimento de outros. È verdade que os atuais meios de informação a disposição do homem moderno, democratizou o conhecimento. Mas submeteu a sua natureza gregária a um certo grau de solidão. Existe, agora, uma máquina no meio do caminho do relacionamento das pessoas.
Não podemos deixar nos robotizar. Ainda existe um oásis neste deserto de comunicação impessoal ao qual estamos submetidos.
A representação e a leitura são hábitos seculares que agregam e ajudam no desenvolvimento educacional da sociedade.
Os teatros e as bibliotecas, são centros de arte e cultura onde podemos nos reunir, assistir, ler e trocar idéias. Eles devem ser incentivados e encorajados a continuar existindo, nas cidades de nosso país, para o benefício de nossas comunidades.

1 de set. de 2007

O Porto

Quando tratamos de assuntos relacionado a obras, em Laguna, invariavelmente entramos no quesito Porto de Laguna. Em seu livro Porto da Laguna- A Luta de um Povo Traído, lançado em 1995, o seu criador, jornalista Walmir Guedes relata com muita propriedade os descaminhos que levaram um Porto ,que poderia ser considerado estratégico para a economia da região sul, a uma situação de quase total abandono.
Entretanto, como bem relata o autor, a luta pela restauração e reabilitação de nosso porto já dura mais de um século. E a despeito da grande obra de retificação que hoje se executa, com louvores, a atual administração municipal, endossada pelo governo federal, o Porto da Laguna devidamente restaurado, creio, não atenderá mais aos antigos anseios, tão arduamente perseguidos pela sociedade lagunense; qual seja, tornar o porto lagunense num escoadouro de carga importante para região sul do país.
O raciocínio é muito simples. De um século para cá, muita coisa mudou. A ciencia criou novas tecnologias de transporte rodoviario modernas e avançadas. Instalou-se aqui uma competente industria de automotores e o pais criou toda uma infraestrutura de transporte voltada para a demanda da industria automobilistica. Hoje a grande maioria dos produtos brasileiro é escoado de seus locais de produção por grandes carretas que circulam pelo território nacional, através de estradas com ótimas condições de tráfego. O eixo do transporte de carga no brasil mudou, radicalmente, de maritimo para rodoviário.
Os nossos portos marítimos foram, praticamente, abandonados a própria sorte. Sobrevive, atualmente com muitos problemas, somente aqueles portos voltados para exportação e importação. Cito como exemplos o caso dos portos de Vitória e Itajaí.
Quero ressaltar aqui, prezados blogueiros, que não estou desmerecendo a obra que acontece em nosso porto. Em hipótese alguma. Acho a retificação dos molhes do porto de Laguna um feito de engenharia extremamente necessária a vida de nossos habitantes.
Ela ajudará no desassoreamento de nossa lagoa e na oxigenação de suas águas com a melhora do fluxo das marés. Aumentará, assim a profundidade dos canais de entrada da barra. Isto propiciará o acesso de navios com calados maiores ao nosso porto e será de importância vital para as espécies marítimas que vivem naquele habitat.
Entretanto o objetivo primeiro de nossa reinvidicação se perdeu no tempo. Nesse quase um século em que nos propusemos a lutar pela revitalização de nosso porto de carga, o foco do transporte de carga no Brasil mudou para as estradas.
Mas não foi em vão nossa luta. Quem sabe num futuro próximo estaremos recebendo em nossa cidade, via porto da Laguna, alguns desses cruzeiros marítimos que vagueiam pela costa brasileira. E a industria turistica venha nos forçar a adotar uma estrutura planejada e bem organizada para melhor receber nossos visitantes. Esta terra de grandes histórias e belezas naturais está a merecer um projeto turistico de qualidade.