18 de jan. de 2010

Um novo ano

E lá vamos nós outra vez, com o norte de nossa bússola apontado para um futuro de otimismo. Sentir o Ano Novo chegar, entrar nele com novas expectativas nos envolvendo é um presente que não é para todos. Às vezes me pego pensando nas muitas pessoas que não passaram no processo seletivo da vida e não alcançaram a primeira linha de chegada do último dia do ano. Quanta desventura. Por outro lado, quanta festa para os que ficam e têm a promessa de mais um ano para viver. A vida cintila com maior intensidade no começo dos novos anos e é preciso celebrar essa glória. Os risos barulhentos, os sorrisos abertos, e as gargalhadas soltas da comemoração, me traz no pensamento o inverno de gaivotas barulhentas voando em torno dos barcos carregados de pescados quando aproximam-se da praia em direção a barra....... A mistura de sons e conversas alegres de pessoas dançando me traz a lembrança da algazarra dessas aves planando no céu e festejando a fartura. Mas, é sempre bom lembrar que para mover esta esperança de barcos carregados é necessário olhar para dentro de nossos porões, e refletir sobre nossas conquistas e por aquelas dos dias por vir; e acreditar que um ano mais de vida esta, novamente, ao nosso alcance. Muitas vezes nossos planos são como bonecos construídos com a areia fina da praia. De repente vem uma onda mais comprida e carrega tudo pra dentro do mar... transformando tudo numa massa consistente, escura e indecifrável. A areia é matéria livre e, às vezes, dissimulada e seu manuseio requer observação e cuidado. Então, notamos que é preciso recomeçar e construí-los, novamente, fora do alcance das ondas.... E assim vamos perseverando na vida e seguindo em frente porque o tempo que destrói castelos é o mesmo que constrói cidades e levanta arranha-céus. Que tenhamos todos um ano de realizações. Deus, haverá de querer.