25 de dez. de 2013

Uma história de Natal



Aqui estou eu bem no meio de dezembro. Shoppings lotados, pessoas apressadas, perdidas entre pacotes de presentes comprados na ultima hora.  Nesta época, quando tantas hiprocrisias se purgam com votos de felicidades da boca para fora eu me ponho a pensar na inocência das crianças que ingenuamente apostam suas esperanças no presente que papai Noel deixará em suas portas. Doce ingenuidade aqueles sonhos que sempre estão a iluminar a mente sagrada de nossos pequenos. Dia desses conversando com o Henrique -meu neto- agora já um moço com oito anos-  me fez lembrar de um  desses maravilhosos natais, onde me pedira, como sempre era de costume, que lhe contasse uma história de natal. E eu não pensei duas vezes. Contei-lhe, naquela ocasião, uma história inusitada.
_ Papai Noel recolhido na sua casa próximo ao polo norte estava muito ocupado carregando seu trenó para distribuir presentes numa vila de crianças pobres. A neve tinha parado de cair, mas, a paisagem continuava toda branca tal como as fotos de cartões de Natal que chegam por aqui nessa época do ano. Os pinheiros, todos coberto de branco, pareciam refletir a silhueta do bom velhinho. 
No céu uma lua imensamente clara  iluminava todo aquele ambiente de sonho. E Papai Noel começou a encilhar as renas-8 ao todo- para poder puxar aquele trenó carregado.  La pela Meia noite o bom velhinho partiu em direção a vila para entregar os presentes para as criancinhas. Mas nem tudo era tranquilidade. Numa caverna próxima dali uma quadrilha de maus feitores se reuniam para assaltar o carregamento da bondade dirigido pelo nosso velhinho. O Coringa, o Pinguim, o Charada e o Duas caras  arquitetavam um plano diabólico para roubar o Papai Noel. Quando o trenó do velhinho contornava a estrada ao redor do ultimo desfiladeiro coberto de neve, antes de chegar a vila, a turma liderada pelos anti-heróis tomaram a frente do comboio anunciando o assalto. As renas assustadas começaram a pular desordenadamente e papai Noel, sem saber o que fazer, já estava por entregar a carga de presentes, quando uma parte da lua começou a escurecer e um grande morcego começou a se formar bem no seu centro. Um barulho ensurdecedor de um motor a jato surgiu do nada e o Batman apareceu arremessando seu bumerangue de fogo afugentando com toda aquela corja de ladrões. O homem morcego, como sempre foi de seu feitio, saiu assim como chegou, misteriosamente, sem revelar sua identidade.  Agiu como todos aqueles heróis que, deliberadamente, praticam o bem sem que saibamos quem são.
E Papai Noel pode cumprir mais uma vez sua missão. Distribuindo os presentes a todas aquelas criancinhas pobres da vila.
Henrique, sorriu ao lembrar da história de Natal. Certo que apesar de todo o mau exemplo que se ve estampado em programas de  TV’s e páginas dos nossos jornais a prevalência dos bons princípios e a retidão de nosso caráter ainda são instrumentos que norteiam o comportamento das pessoas.

Feliz Natal a todos os leitores do papodaesquina