20 de ago. de 2008

Navegando

Não faz muito tempo que desse fato nada se ouvia falar. Em qualquer momento o assunto, agora, é corriqueiro. É Internet pra cá, Internet pra lá ! Num país com índices significativos de analfabetos o assunto predileto é a inclusão digital. Cria-se um mito por trás de uma novidade. Blogs, sites de relacionamentos, MSN, skape, IM, uma infinidade de invenções comunicativas. Tempos atrás ao falar com um atendente de um call center qualquer se ouvia a pergunta: Qual é seu telefone de contato? Hoje se pede o e-mail.... Sem ter noção que a maioria das pessoas sequer sabe o que é e-mail. Dia desses, observei uma cena intrigante numa agência bancária. Ao ajudar a preencher um formulário, a atendente esbarrou na pergunta do cliente: O que é e-mail? Aqui pede um “e-mail”, disse ele. A funcionaria explicou que era um tipo de carta eletrônica e ali deveria ser inserido o endereço dele. Notei que o homem ficou, um tanto, desconcertado. Mas ela não lhe perguntou se ele tinha entendido. Só quem nunca teve acesso, desconhece. Só mesmo vendo pra crer. É um mundo inexplicável para alguém que tenha conhecido as máquinas de escrever Remington e Olivetti. Entretanto é um mundo extasiante. Imagens e sons surgem a vista, num piscar de olhos. Países, cidades, vilas, pessoas e variedades inigualáveis. Viaja-se e desvenda-se um mundo desconhecido. Mas a despeito de toda essa parafernália virtual tecnológica a fustigar nossa inteligência, nada há de se comparar à visão real da diversidade de cores, cheiros e sons que a mãe natureza põe ao alcance de nossos sentidos.Nada se compara ao cheiro de terra molhada pela chuva, numa tarde de outono; ouvindo a conversa alegre de pessoas e a algazarra de crianças entoando a antiga cantiga de roda, que faz lembrar nossa velha infância

Nenhum comentário: