
Nós te pedimos, Antonio, que intercedas junto ao criador para acabar com nossos infortunios e com aqueles que afligem nossa centenária cidade. Suplicamos, através de nossas preces, um melhor destino para nossa sociedade.
O tempo é de promessas, Antonio! Pelas ruas e praças da cidade os profetas da demagogia anunciam um tempo de prosperidade. Falam de projetos mirabolantes e de uma majestosa ponte que haverá de sanar, de vez, com os problemas de desemprego e de infraestrutura que afligem nossa cidade.
Tu ouves, pacientemente, todas as promessas e preces e o teu rosto parece disfarçar um sorriso de esperança. Pois sabemos, Antonio, que somente tu serás capaz de construir a ponte que unirá nossos corações e nos conduzirá ao reino dos céus.
As tuas trezenas rezadas em latim e entoadas em gregoriano pelo teu coral, ecoam pelo jardim Calheiros da Graça e pelas ruas da laguna. Um espetáculo único, de celebração, jamais visto em outras catedrais.
Agora, venha Antonio! Vamos passear pelas ruas frias, do inverno, da Laguna. Nós te acompanharemos neste translado iluminando teus passos com fogos de artifícios atirados dos quintais de nossas casas. Eles brilharão no céu escuro da noite de junho ao tempo em que a banda musical entoará hinos de louvores em tua homenagem.
E no final da caminhada, um ultimo aceno ao povo. E a certeza que a tua mensagem de paz e fraternidade permanecerá viva no coração daqueles que persistirem na tua fé.