Aqui estou eu bem no
meio de dezembro. Shoppings lotados, pessoas apressadas, perdidas entre pacotes
de presentes comprados na ultima hora. Nesta
época, quando tantas hiprocrisias se purgam com votos de felicidades da boca
para fora eu me ponho a pensar na inocência das crianças que ingenuamente
apostam suas esperanças no presente que papai Noel deixará em suas portas. Doce
ingenuidade aqueles sonhos que sempre estão a iluminar a mente sagrada de
nossos pequenos. Dia desses conversando com o Henrique -meu neto- agora já um
moço com oito anos- me fez lembrar de
um desses maravilhosos natais, onde me
pedira, como sempre era de costume, que lhe contasse uma história de natal. E
eu não pensei duas vezes. Contei-lhe, naquela ocasião, uma história inusitada.
_ Papai Noel recolhido
na sua casa próximo ao polo norte estava muito ocupado carregando seu trenó
para distribuir presentes numa vila de crianças pobres. A neve tinha parado de
cair, mas, a paisagem continuava toda branca tal como as fotos de cartões de
Natal que chegam por aqui nessa época do ano. Os pinheiros, todos coberto de branco,
pareciam refletir a silhueta do bom velhinho.
No céu uma lua imensamente
clara iluminava todo aquele ambiente de
sonho. E Papai Noel começou a encilhar as renas-8 ao todo- para poder puxar aquele
trenó carregado. La pela Meia noite o bom
velhinho partiu em direção a vila para entregar os presentes para as
criancinhas. Mas nem tudo era tranquilidade. Numa caverna próxima dali uma
quadrilha de maus feitores se reuniam para assaltar o carregamento da bondade
dirigido pelo nosso velhinho. O Coringa, o Pinguim, o Charada e o Duas caras arquitetavam um plano diabólico para roubar o
Papai Noel. Quando o trenó do velhinho contornava a estrada ao redor do ultimo
desfiladeiro coberto de neve, antes de chegar a vila, a turma liderada pelos
anti-heróis tomaram a frente do comboio anunciando o assalto. As renas
assustadas começaram a pular desordenadamente e papai Noel, sem saber o que
fazer, já estava por entregar a carga de presentes, quando uma parte da lua
começou a escurecer e um grande morcego começou a se formar bem no seu centro.
Um barulho ensurdecedor de um motor a jato surgiu do nada e o Batman apareceu arremessando
seu bumerangue de fogo afugentando com toda aquela corja de ladrões. O homem
morcego, como sempre foi de seu feitio, saiu assim como chegou, misteriosamente,
sem revelar sua identidade. Agiu como
todos aqueles heróis que, deliberadamente, praticam o bem sem que saibamos quem
são.
E Papai Noel pode
cumprir mais uma vez sua missão. Distribuindo os presentes a todas aquelas
criancinhas pobres da vila.
Henrique, sorriu ao lembrar
da história de Natal. Certo que apesar de todo o mau exemplo que se ve
estampado em programas de TV’s e páginas
dos nossos jornais a prevalência dos bons princípios e a retidão de nosso
caráter ainda são instrumentos que norteiam o comportamento das pessoas. Feliz Natal a todos os leitores do papodaesquina
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