8 de out. de 2007

Farol de Santa Marta

Uma rara visão de beleza a arquitetura que dá forma ao Farol de Santa Marta.
Esse tipo de equipamento foi projetado pelo francês Augustin Fresnel, em 1822, e seu sistema de lentes de cristal era capaz de concentrar os raios luminosos em fachos superpotentes. Atualmente, cada farol emite um sinal de cor, número e intervalo de piscadas diferentes. Não há dois faróis iguais no país. Tecnologias de navegação via satélite poderiam abolir os faróis, mas, no mar, acima de qualquer avanço tecnológico, os faróis resistem como símbolos de um certo romantismo. A travessia pela balsa é o começo de uma viagem inusitada.
Os botos, a vista do porto e da garganta formada pelos molhes de entrada da barra nos dá a dimensão do empreendimento ao qual nosso espirito aventureiro esta a nos proporcionar.
Na brisa leve do vento de norte e com um céu azul de brigadeiro tomamos a estrada poerenta de chão batido, ladeada por dois lagos visitados por biguás e garças que permaneciam indiferentes a nossa presença.
Ao atravessar a localidade da passagem da barra, notamos as raras construções açorianas que ainda adornam a paisagem.
De vinte a trinta minutos viajamos na estrada aberta entre a vegetação rasteira, própria da nossa região de mata atlantica, até avistar as dunas que formam os grandes sitios arqueológicos que se põem a poucos metros do morro do Farol. São 15 km de estrada de chão, atravessando um cenário inusitado entre dunas e lagoa, que parece levar o motorista a lugar nenhum. Quando a última duna é contornada, surge o morro do Farol imponente compondo espaço com pequenas casinhas ao redor.
Ali encontramos um pedaço de nossa Laguna avançando por sobre o Atlântico.
Le Phare de Santa Marta, como chamavam os franceses que o edificaram, possui 29 metros de altura. É um torreão com paredes de dois metros de espessura construido de pedra, areia, barro e óleo de baleia, encimando uma casa de forma quadrada. A escadaria que dá acesso ao alto da torre compõem-se de 142 degraus.
O aparelho ótico do farol foi construído na França pela empresa Barbier, Benard & Turenne. É a luz do Farol de Santa Marta, que guia as embarcações avisando-as do perigo iminente. Considerado um dos maiores das Américas, foi construído em 1891. Um foco com altitude de 74 metros e alcance geográfico de 92Km. Sua luz emite lampejos brancos e vermelhos a cada 15 segundos, do alto de uma colina, e intriga a mente de quem observa, a grande distancia, o horizonte sul. Parece ser uma nave tentando pousar naquela ponta de terra de nossa cidade.
Mas é o farol de Santa Marta hipnotizando os viajantes e aventureiros para aquele lugar mágico, cheio de energia e belas paisagens. Ele domina, imponente, a ponta do cabo que lhe dá o nome, cercado por dunas brancas e belas praias.
Observamos mais ao sul, o litoral afastando-se da serra, e as praias tornando-se longas lâminas de areia varridas pelo vento, escasseando as povoações. Este é um dos espetaculares cartões postais da pequena grande cidade da Laguna a esbanjar belezas naturais, ainda preservadas e fatos históricos que só engrandecem o nosso Brasil.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ficou bonita o que tu escreveu sobre o farol. Aquela da nave pousando é demais.Abraços.Rogério.

Anônimo disse...

Mauro. Gostei do que tu escreveu do Circo du Solei. Eu tive vendo a apresentação na Elase. O grupo é bem isso que falasse. Marisa.

Anônimo disse...

Coisa de louco, esse artigo do Farol da Laguna. Parabéns.Pedro Paulo.

Anônimo disse...

Tu parece um menino louco falando do Farol de santa Marta.Barbarizasse neste conto.Parabéns. João.