3 de jul. de 2008

Falando das Pandorgas

Quando paramos pra pensar sentimos que o tempo já passou mais rápido que nosso pensamento. Ele parece ter sido varrido; é como se fora sugado por um daqueles dias de vento nordeste que visita, com freqüência, a nossa Laguna. Por isso existe uma urgência em nós de arrumarmos tempo, para criar os bons momentos, antes que sejamos consumidos apenas pelo trabalho, pelo cansaço, pela fadiga ou outros males que o stress explica. Mesmo que não sejamos poeta de nada, todos precisamos nos encontrar em um daqueles momentos em que observamos uma paisagem, como se pudessemos tirar dela alguma poesia. Eu sei que mesmo não sabendo escrever nada direito, com pressa ou sem pressa, todo mundo tem o seu momento de reflexão e sentimento em relação as coisas que estão em sua volta, e possuir este momento é o que importa. Por exemplo, desde que me sentei aqui e me propus a escrever alguma coisa rapidamente, me veio logo em mente o jeitinho ingênuo e maroto do Henrique, meu neto; muito dessas coisas que escrevo tem como pano de fundo o seu angelical sorriso. Mas hoje o dia nublado e chuvoso me inspirou a pensar em filmes que assisti e gostei muito. E muitas frases do filme o Caçador de Pipas- peço licença para chamar de pandorga, como no meu tempo de garoto- não tem me abandonado. Bem como aquele diálogo em que Rahim Khan diz a baba que crianças não são livros de colorir. Assim sendo nenhum pai pode colorir seus filhos com suas cores prediletas. Estava lá ele querendo dizer que o filho não seria como ele era. E o filme tem tantas riquezas culturais e velhos e belos valores que só a milenar civilização do Oriente pode nos ensinar... Eu falo, velho por eles já quase não existirem, nesse novo mundo de espertezas e variedades de vilões em que vivemos. Mas o mais belo no filme é a possibilidade de resgatar esses valores. Olha quanta mensagem bonita nos traz o enredo que a história oferece. Se pensarmos bem, nunca acabaram os campeonatos de pandorgas. Onde há shows há campeões. Nem, sempre quem perde é o fraco. Será que os vilões deixam o bom vencer de fato? Estamos numa era em que precisamos arrumar tempo para apreciar as modernas pandorgas (pipas). Pode até ser a pandorga que mora em nós. E ao aprendermos a olhar dentro de nós ficará mais fácil olhar o outro. Passaremos também a enxergar as pandorgas coloridas que passam por nossos céus, quase nos tocando. Pandorgas de pessoas que podem tornar nossos dias felizes e agradáveis. Esta é a harmonia que buscamos para todos. Encontro de sorrisos iguais ao do Henrique, capaz de proporcionar a nós todos, felicidades....

Um comentário:

Anônimo disse...

Lendo o cuiqueiro Catarina Lagunense q sou lembrei d cais do porto inclusive daquela eterna obra q nao termina e como disse o poeta e rpetimos hj,tem uma pedra no caminho.Ainda bem q o momento e politico e la no pessoal da gota d agua se define eleiçao e ai qm sabe a pedra sai do caminho.