30 de dez. de 2008

Adeus, Ano Velho!

Lá vai ele sumindo por entre os últimos dias de dezembro; levando consigo os dias de sonhos não realizados e noites mal dormidas. Sai de cena à francesa, sem se despedir e nem pedir desculpas pelos tropeços ocasionalmente provocados. Em sua bagagem vão os planos não concretizados.... o trabalho que não conseguimos, a vaga na universidade que não alcançamos, os amores não vividos, a palavra não dita , o gesto não revelado. O que chega vem trazendo a esperança de óculos. O otimismo iluminado nos fogos de artifícios e a paz desejada compartilhada nas refrescantes taças de champanhe. Aquele que parte sai, sem festa, carregado pelos sucessos de uns e desenganos de outros tantos. Entretanto eles trazem em comum o dia, esse pedaço de tempo destinado à criação humana situado entre o alvorecer e o crepúsculo. Que por sua vez nos entrega ao sol, o companheiro inseparável, que na sua viagem diária do Oriente em direção ao Ocidente nos acompanha nessa caminhada em direção ao futuro. E assim tem sido, ano após ano, pelos milênios da nossa existência. Mas o velho cumpriu sua missão. Cedeu, generosamente, seu período para que utilizássemos da maneira mais eficiente possível. Não se responsabilizará, em momento algum, pela consecução de nossos intentos. Nós o culpamos pelas crises e catástrofes que aconteceram durante seu ciclo. São 365 dias proporcionalmente distribuídos em estações que às vezes exageram na dose de seus atributos. E este ano, especificamente, parte deixando marcas pelos fenômenos e acontecimentos inusitados. O padre que, literalmente, foi para o céu; a enchente que varreu o Vale de Itajaí em nosso Estado; e a crise econômica mundial que alguns iluminados ainda insistem em dizer que não irá nos afetar. Só nos resta esperar pra ver. Ainda falta um dia e algumas horas. Eu só me lembrei das coisas desagradáveis que ele nos proporcionou. E nós já estamos ansiosos pelo novo que virá. Adeus, Ano Velho!

Nenhum comentário: