Tudo seria igual aos outros dias se não fosse aquela fatídica segunda-feira. Foi um evento tranformador da maneira como se desenrolava os acontecimentos na minha vida.As preocupações a atormentar minha mente, o ritmo da cidade acelerada forçando a passagem para um futuro incerto em suas perspectivas e aquele punhado de sonhos que as contingências da vida e a urgência do tempo, não permitiu realizar.O transito caótico e um corre-corre de pessoas querendo chegar a lugar algum parece sempre denunciar a descrença na possibilidade de um outro amanhã.E os dias se sucederam assim.... presenciando as mesmas histórias construidas pela saga de diferentes pessoas, vindas de diversos lugares para habitar essa linda e conturbada cidade.Nos ombros, o peso de um fardo, molhado por noites mal dormidas; e no peito a tristeza de ver a esposa, amiga, companheira e mãe, amor primeiro de minha vida, numa interminável luta contra uma doença que a ciência ainda não desvendou.E meu coração banhado no romantismo dos consagrados anos dourados onde a cuba livre da coragem incentivava jovens sonhadores a dançar de corpos colados, não suportou vivenciar tantas mudanças acontecidas por todas essas decadas e cedeu a pressão a que fora posto, à prova, sucumbindo diante de uma UTI na SOS Cardio. Foram sete eternos dias de tratamento intensivo que culminou com um procedimento de angioplastia.Quiz o criador, senhor dos mundos, que eu continuasse minha viagem nesse trem da vida, valorizando, ainda mais, cada chegada e cada partida até a parada na estação derradeira onde nosso espirito repousará na eternidade.
19 de mai. de 2017
Uma nova chance
17 de ago. de 2015
O problema
Dia desses meu irmão me enviou, via wattsap, um problema matemático no qual sobre uma balança, se revezava para pesar, um cachorro, um coelho e um gato. E perguntava, no final, qual o peso de cada animal. Confesso que não me ative à resolução ao que meu irmão acusou tratar-se de um problema que poderia ser resolvido aplicando-se três equações com três incógnitas. E também me chamou atenção para a decepção que nossa, já falecida, professora de matematica do CEAL, Dona Elza sentiria, se soubesse dessa falta de conhecimento de seu ex- aluno. Provavelmente esse meu vacilo diante dessa questão seria motivo de contestação daquela querida mestra, acerca do meu aprendizado. Mas aquelas questões que ,naquele tempo,pareciam complicadas eram sempre solucionadas na conversa com o colega de classe ou no socorro da professora. A verdade é que o tempo passou e a vida seguiu seu curso. E os conceitos matemáticos aprendidos no quadro negro do CEAL permanecem escondidos nos meus arquivos de memória. Somente os recupero quando encontro algum amigo para revirar as bonitas lembranças de juventude.
Os anos se passaram, e a idade se debruçou sobre meus ombros mostrando a dura realidade da vida.
Os problemas mudaram na sua forma e conteúdo exigindo muito de nós devido as suas complexidades. Eles agora vem acompanhado de elementos que não encontram mais respostas na pura aplicação racional das fórmulas matemáticas.
Os problemas mudaram na sua forma e conteúdo exigindo muito de nós devido as suas complexidades. Eles agora vem acompanhado de elementos que não encontram mais respostas na pura aplicação racional das fórmulas matemáticas.
E o problema que afeta diretamente minha vida, atualmente, vem tomando e consumindo todo o meu tempo e minha energia. Tento de todas as maneiras, desesperadamente, me abastecer de informação na tentativa de solucioná-lo.
Descobri que nem a ciência, por enquanto, conseguiu ainda uma equação capaz de resolvê-lo. Mas alimento a esperança que a solução apareça logo como fruto da pesquisa de um desses estudiosos iluminado por Deus.
O tempo teima em se apressar e os pesquisadores vem se desdobrando na procura de uma fórmula que permita a solução definitiva.
Mas se ainda assim tudo falhar, restará por fim, a fé num milagre que só o criador será capaz de operar.
Quanta saudade tenho daqueles problemas de matemática da professora Elza lá do nosso CEAL.
30 de dez. de 2014
A Viagem

Mas estávamos nos EUA para visitar a fabrica de sonhos da Disney. O Magic Kingdom, O Animal Kingdom, o Epcot e também a Legoland o Hollywood Studios e o Universal Studios. Neste ultimo, o que chamou a atenção foi a construção do ambiente do filme Harry Potter. As ruas e casas foram edificadas tal qual no filme. No passeio por entre as ruelas de Londres encontra-se o Beco diagonal com um dragão sobre o telhado do prédio expelindo labaredas de fogo, e paramos para saborear a famosa cerveja de manteiga. O castelo de Hogwarts, a escola de bruxaria, foi fielmente retratado. Ali, como na série, cria-se a ilusão que passamos por uma parede de tijolos quando vamos em direção a estação de trem que nos levará a Hogsmeade, o vilarejo bruxo da Grã Bretanha. Por ultimo ainda ,nos aventuramos numa viagem multidimensional sobrevoando os arredores do castelo acompanhados por Harry Potter e seus amigos.
O Henrique estava eufórico e ficava, as vezes aflito, para ir nos brinquedos radicais. Foram muitas as montanhas russas e elevadores que despencavam em queda livre, como o do Hollywood tower onde um mordomo sinistro incitava o pessoal.
No Magic Kingdom, entre tantas atrações destaco a fantasia do filme Frozen que foi mostrada pelo musical em frente ao castelo, ao cair da tarde, com a presença da princesa Elza e Ana e da rabujenta feiticeira. A divina Luisa, nem piscava, quando no auge da apresentação, os fogos de lágrimas clarearam o céu e o castelo congelou, literalmente sob o efeito da avançada tecnologia empregada no jogo de luz que proporcionou o espetáculo. Visitamos miniaturas de lugares turísticos de importantes cidades americanas, montadas em Lego, além de inúmeros jogos no parque Legoland.
Nm passeio pela floresta tropical Africana, no parque Animal Kingdoom, com um jeep devidamente caracterizado para um Safari nós apreciamos os animais e seu habitat.
A passagem pelo EpCot foi mais uma aventura emocionante. A palavra é um acrônimo para Comunidade Protótipo Experimental do Amanhã; uma cidade utópica do futuro planejado por Walt Disney.
O Spaceship Earth é um passeio dentro de um tunel que mostra a história da comunicação humana desde a idade da Pedra até a Era dos computadores.
Quando fomos para o brinquedo Mission Space o Henrique tomou o controle do foguete e decolou com o vovô Mauro e a vovó Nilba rumo ao espaço detonando meteoros com seu canhão de raios laser e abrindo caminho para o infinito. Uma emoção de tirar o folêgo.
No Soarin, um voo de asa Delta, multidimensional, sobre as paisagens da Califórnia é uma sensação fantástica. Passa-se sobre os Canions, Lagos, Plantações, mares e cidades. Para se ter a verdadeira dimensão daquela realidade virtual, sente-se o cheiro da laranja quando se está voando pelos pomares.
No EpCot também experimentamos a variedade das comidas tipicas das diversas nacionalidades. No la Cantina de San Angel provamos a autentica comida mexicana. No Chefs de France a famosa sopa de cebola e a perrie foram os destaques. A carne de cordeiro e o cuscus marroquino do restaurant Marrakesh foi acompanhado pelo show da dança do ventre interpretado pela bonita dançarina.
Fora dos parques, Orlando mostrou sua ótima infra estrutura turística. Estradas, hotéis e a organização e disciplina do povo.
Conhecemos os grandes Supermarkets e os outlets onde são comercializados marcas como: Tommy Hilfiger, Victoria Secret, Calvin Klein, Lacost e uma variedade de produtos de ponta com preços acessíveis no varejo. Visitamos também, as redes de restaurantes Chesecake Factory, Olive Garden e Red Lobster.
Uma viagem para ficar para sempre na memória e nas imagens gravadas pelas lentes da nossa máquina fotográfica. Chama a atenção a organização, disciplina e educação do povo americano. Quem sabe um dia conseguiremos nos livrar dessa parafernalha corrupta que assola o país e nos tornemos uma grande nação.
Quem sabe!
Feliz Ano Novo a todos.
21 de abr. de 2014
Peixada dos Pereira
Num sábado de sol escancarado atravessei, à balsa, o canal que liga o Magalhães a Ponta da Barra. Lá encontramos uma comunidade lagunense que guarda muito no seu cotidiano, as características de nossos colonizadores portugueses. Os grupos folclóricos do boi de mamão, da bandeira do divino, dos ternos de reis, graças a Deus, ainda sobrevivem nos costumes daquele nosso pedaço de terra habitado por uma gente acolhedora e fraterna. Um povoado que cultiva, com sabedoria, nossas heranças açorianas sem, contudo, negligenciar a modernidade de nossos dias.
A travessia, por si só, já é um passeio para encher nossos olhos. De cima da balsa colhemos uma visão diferente do cais do porto e do corredor de agua que desagua no mar, através da boca da barra.
Uma outra maneira de observar a paisagem lagunense.
Mas o propósito do passeio, além de admirar a beleza do lugar, era a " peixada dos pereira". Uma reunião,como não poderia deixar de ser, regada a peixe, idealizada e organizada pelo Tavinho para reunir os irmãos. O local, um chalé próximo a prainha do Seis, de tão aconchegante e bonito não pode passar despercebido aos comentários dos presentes. O canal que separa o molhe norte, corre logo abaixo da janela do sobrado e o morro da barra ao fundo, deixam aquele pedaço especialmente bonito e reservado para um encontro daquela natureza. E lá estávamos, nós, sete irmãos reunidos numa algazarra muito particular rodeado de sobrinhos, filhos, netos, cunhadas e alguns amigos, bagunçando um pouco o silencio daquele lugar mágico.
Enquanto a conversa rolava facil entre familiares e convidados e o peixe super cheirava na churrasqueira supervisionada pelo idealizador do evento o Marcio aproveitava para relembrar seus velhos tempos, tentando abrir a tarrafa lá na ponta do espigão. As meninas dos anos setenta, improvisavam brincadeiras e tentavam organizar os irmãos para as fotografias e filmagens do Guilherme. Foi quando dona Amená, uma senhora simpática e de sorriso fácil, chegou com um ensopado de peixes, especialmente, preparados para aquela ocasião. O almoço, entao, foi servido e a descontração não teve mais idade. É nesse clima que o China, muito chegado num bom som, sacou de um violão e começou a tocar as músicas que acompanhou a festa até o sol se por, no final daquela tarde. O Guilherme registrou tudo na memória da sua máquina. O que resultou na gravação de um DVD, muito bem editado, que me foi presenteado pelo Marcos. A Peixada dos Pereira foi um evento que marcou, mais uma vez, a importância da lição de união legado por nossos pais. A barra do tempo sobre nossos ombros aconselha que muito mais que antes, devemos celebrar a vida. Até a próxima peixada, Pereirada!
25 de dez. de 2013
Uma história de Natal
Aqui estou eu bem no
meio de dezembro. Shoppings lotados, pessoas apressadas, perdidas entre pacotes
de presentes comprados na ultima hora. Nesta
época, quando tantas hiprocrisias se purgam com votos de felicidades da boca
para fora eu me ponho a pensar na inocência das crianças que ingenuamente
apostam suas esperanças no presente que papai Noel deixará em suas portas. Doce
ingenuidade aqueles sonhos que sempre estão a iluminar a mente sagrada de
nossos pequenos. Dia desses conversando com o Henrique -meu neto- agora já um
moço com oito anos- me fez lembrar de
um desses maravilhosos natais, onde me
pedira, como sempre era de costume, que lhe contasse uma história de natal. E
eu não pensei duas vezes. Contei-lhe, naquela ocasião, uma história inusitada.
_ Papai Noel recolhido
na sua casa próximo ao polo norte estava muito ocupado carregando seu trenó
para distribuir presentes numa vila de crianças pobres. A neve tinha parado de
cair, mas, a paisagem continuava toda branca tal como as fotos de cartões de
Natal que chegam por aqui nessa época do ano. Os pinheiros, todos coberto de branco,
pareciam refletir a silhueta do bom velhinho.
No céu uma lua imensamente
clara iluminava todo aquele ambiente de
sonho. E Papai Noel começou a encilhar as renas-8 ao todo- para poder puxar aquele
trenó carregado. La pela Meia noite o bom
velhinho partiu em direção a vila para entregar os presentes para as
criancinhas. Mas nem tudo era tranquilidade. Numa caverna próxima dali uma
quadrilha de maus feitores se reuniam para assaltar o carregamento da bondade
dirigido pelo nosso velhinho. O Coringa, o Pinguim, o Charada e o Duas caras arquitetavam um plano diabólico para roubar o
Papai Noel. Quando o trenó do velhinho contornava a estrada ao redor do ultimo
desfiladeiro coberto de neve, antes de chegar a vila, a turma liderada pelos
anti-heróis tomaram a frente do comboio anunciando o assalto. As renas
assustadas começaram a pular desordenadamente e papai Noel, sem saber o que
fazer, já estava por entregar a carga de presentes, quando uma parte da lua
começou a escurecer e um grande morcego começou a se formar bem no seu centro.
Um barulho ensurdecedor de um motor a jato surgiu do nada e o Batman apareceu arremessando
seu bumerangue de fogo afugentando com toda aquela corja de ladrões. O homem
morcego, como sempre foi de seu feitio, saiu assim como chegou, misteriosamente,
sem revelar sua identidade. Agiu como
todos aqueles heróis que, deliberadamente, praticam o bem sem que saibamos quem
são.
E Papai Noel pode
cumprir mais uma vez sua missão. Distribuindo os presentes a todas aquelas
criancinhas pobres da vila.
Henrique, sorriu ao lembrar
da história de Natal. Certo que apesar de todo o mau exemplo que se ve
estampado em programas de TV’s e páginas
dos nossos jornais a prevalência dos bons princípios e a retidão de nosso
caráter ainda são instrumentos que norteiam o comportamento das pessoas. Feliz Natal a todos os leitores do papodaesquina
2 de out. de 2013
O homem das tarrafas
Não vou falar de tempo ruim e nem de mais uma enchente que tristemente
chega para atrasar a vida de todos, principalmente daqueles cidadãos mais
desafortunados de nosso Estado.
Vou falar, sim, de uma dessas manhãs de sol que me dispus a caminhar
pela Beira Mar, aqui em Florianópolis.
Num dia de céu limpo e temperatura agradável, caminhando no contorno da
vegetação do mangue através da avenida da saudade, resolvi, finalmente, me
aproximar e conversar com o senhor que costumeiramente, expõe e vende tarrafas
naquele local. Queria saber da maneira
como fazê-las e de onde aprendera aquele costume, tão próprio, dos habitantes
do nosso litoral. Aproximei-me e comecei
a puxar conversa. Ele apresentou-se como João e logo se dispôs a me mostrar as tarrafas que já
tinha confeccionado.
Eu comecei, então, a entrar em detalhes e perguntei-lhe se ele conhecia
uma planta chamada Tucum. O cidadão logo abriu um sorriso e me fez lembrar a
fiação do tucum, cujos fios, teciam-se as tarrafas e também as rendas de
bilros- que vi minha avó, tão magistralmente tecer, ainda quando tinha meus 8
anos de idade. João falou do seu conhecimento de todas essas tradições folclóricas que, infelizmente, está por se
perder no tempo. Contou-me que chegou a participar da Fundação Franklin Cascaes
onde tratava especificamente do resgate dessas tradições.
Eu queria saber mais da vida do cidadão e então perguntei de que região
da ilha ele fora criado. E a resposta foi uma grande surpresa. João é natural
da Laguna. Apresentei-me, como conterrâneo, e ele conhecia minha família. Sorriu
muito, ao lembrar das caronas que pegava escondido, quando moleque, na
locomotiva do porto, dirigida por meu pai.
Contou-me que era natural do Ribeirão, mas veio pequeno morar no Magalhaes.
Primeiro na região da Coréia (Agora rua da Balça) e depois foi para a Ponta das
Pedras. Veio nos anos setenta para Florianópolis. Seu pai era pescador e sempre
fora muito envolvido com a política nos tempos da UDN, na década de sessenta.
Seu nome era José. E por arrumar muita confusão durante sua aguerrida
militância politica, na Laguna, recebera o apelido de Zé Diabo.
Era um tempo em que as famílias e consequentemente os políticos,
nasciam e morriam, dentro de um partido. Os programas partidários eram bem
definidos e diferenciados. Existia fidelidade partidária e os políticos ainda
tinham vergonha na cara. Um tempo em que a instância superior do nosso Judiciário, embasava suas decisões em cima da Lei e não
do Regimento.
O homem das tarrafas, que parecia uma pessoa tão distante, mostrou-me o
quão pequeno é este mundo. E, que da época do Zé Diabo pra cá o sistema político
e o judiciário, neste país, infelizmente, mudou muito, pra pior.
Bons tempos, aquele do Zé Diabo. Bons tempos!
22 de ago. de 2013
Sem controle
É inegável o desenvolvimento que a industrialização trouxe para a nossa vida nos dias de hoje. A produção agrícola, atual, desenvolveu-se de tal maneira que a colheita por hectare praticamente duplicou nestas últimas décadas. As pesquisas genéticas com sementes de frutas e de grãos criou uma nova era de produtos agrícolas mais resistentes e rentáveis.
Mas por outro lado, podemos dizer, que a qualidade de nossos produtos
caíram muito nestas ultimas décadas.
Só como exemplo eu vou citar o café. Alguém sabe me responder por onde
anda o aroma marcante do nosso café? Lembro-me de uma fabrica, localizada ali
no Magalhães- café Salete- eu acho que era esse o nome. Quando acontecia a
torra do produto o bairro ficava tomado pelo cheiro. Na verdade, fazer café há
tempos atrás, era um verdadeiro ritual. Enquanto
a água fervia, preparava-se o pó, dentro de um coador de pano, geralmente
confeccionado em casa. Com o coador pendurado na boca do bule de alumínio ou de
barro, o café era passado. O aroma se espalhava por toda casa. O seu cheiro
denunciava a hora do café para toda a vizinhança. Era como se estivéssemos
acendendo um incenso na casa. Ela ficava toda dominada por aquele aroma inconfundível.
Hoje, o nosso café, infelizmente, só tem cor. Sem cheiro e sem sabor
ele é uma coisa qualquer a desafiar o paladar do brasileiro. E não se sabe nem
a quem reclamar. Via de regra, os produtos que circulam pelos supermercados do
país não sofrem fiscalização nenhuma, na sua qualidade. É a inoperância e a
negligencia do estado convivendo com a ditadura dos grandes e poderosos
conglomerados da indústria alimentícia. Somente quando há denuncia é que as autoridades descobrem a adulteração feita no produto.
O caso de adição de amônia ao leite acontecido no Rio grande do Sul é
um desses abusos cujos responsáveis
mereceriam uma punição exemplar.
Não poderia acontecer uma coisa dessas com um produto que é a base da
alimentação de nossas crianças. Isto
compromete o futuro da saúde de nossa sociedade e consequentemente do
país. Parece que ninguém para pra
pensar. O assunto foi rapidamente sacado das páginas dos jornais. Ninguém sabe
que fim deu o processo instaurado contra os malfeitores. Não lembro ter
ouvido falar mais nada a respeito do
assunto. Nada aconteceu. Um absurdo!
Bons tempos onde o leite, que consumíamos, vinha da Madre. As
embarcações desciam o rio Tubarão e atracavam nas docas. Acondicionado em grandes latões, de alumínio,
era assim distribuídos em nossas casas. É bem verdade que as más línguas diziam,
à época, que os leiteiros(como eram
chamados aqueles que comercializavam o produto) sempre adicionavam a mais, um
pouco de água do rio. Mas bastava uma simples fervura para colocar tudo nos
seus devidos lugares. Não se ouvia falar em nenhuma química misturada ao
produto. O leite tinha o seu sabor assegurado.
A falta de políticas para a área de fiscalização, neste país, é
surpreendente. Esta mais que na hora de se criar, a exemplo dos Estados Unidos,
um órgão de controle que cuide especificamente e com seriedade da qualidade e
das formulas dos produtos que consumimos.
20 de jul. de 2013
Conserta com durex
Vez por outra me passa pelas mãos textos que eu, sinceramente, queria ter
escrito. Este texto do Blog Cronicas Urbanas da jornalista Monica que trago ao
conhecimento dos leitores do papodaesquina, fala de verdades com toque de
humor.
“A presidentA deste patropi abençoado por Deus e bonito por natureza (mas
que beleza!) né boba nada. Junto com seus coleguinhas da Corte, arrumam solução
facinha pra tudo quanto é problema na brasilândia, com um toque de mágica
que faria Samantha Stephens (lembra dela, a bruxinha de A Feiticeira?) sapatear
de inveja. Caos na saúde, como resolver? Bora importar médicos de outras
paragens (sadly, dr. Doug Ross, dr. Gregory House e dr. Derek Shepherd não constam da lista, o que é positivamente
uma lástima). Tá pouco? Pouco é esse bando de estudantes de medicina, todos
fortes e bem nutridos, formando em apenas seis anos e caindo na residência, ao
invés de serem aproveitados por, digamos, um par de anos a mais a serviço do
SUS; hora de aumentar a duração do curso. Agora elA ainda quer estender a
cortesia aos dentistas e psicólogos.
Vai que a moda pega, né? Professor? Vai dar aula nas escolas públicas antes
de lecionar em qualquer outro lugar. Engenheiro ou arquiteto? Tá cheio de
terreno baldio por aí a espera de milhares de residências pro Minha Casa, Minha
Vida. A Justiça tá emperrada? E esse tanto de estudante de Direito dando mole,
por que não botar essa meninada batuta pra ajudar agilizar o serviço
público? Como é que ninguém pensou nesse precioso nicho de mercado antes,
olha, sinceramente eu não sei, prestenção no tanto de mão-de-obra barata pra
tapar os buracos (buracos esses, naturalmente, que são beeem mais embaixo). Mas
jogar fora uns suplentes de senadores aqui, cortar uns gastos ali, degolar uns
ministérios sem-noção acolá? Jamé, como diriam os franceses.
Daí que nessas horas sempre me vem aquela frase da música do Pink
Floyd na voz de mr. Roger
Waters: ♪♫ Did they expect us to treat them with any respect? ♪♫( Será
que eles esperam que nós o tratamos com algum respeito?)
Depois esses políticos ficam aí, reclamando com cara de susto.”
Depois esses políticos ficam aí, reclamando com cara de susto.”