22 de nov. de 2008

Olha só

Olha só, essa chuva incessante a encharcar os nossos dias. Há quase um mês ela inunda os planos de fim de semana, afogando em definitivo a nossa paciência. A água dessa primavera é tanta que até as flores parecem não ter coragem de desabrochar. Dirigindo no trânsito ou com guarda-chuvas nas mãos livrando-se das poças d`água, parecemos malabaristas. È só parar para observar o quanto de equilíbrio necessitamos para sair de casa com tamanha quantidade de chuva. Por onde anda nosso sol? Por onde anda o fabuloso ocaso do entardecer lagunense? O lindo por de sol que me encanta e alimenta minha alma com a performance de sua poesia silenciosa desapareceu por trás das nuvens escuras carregadas Deve estar se guardando para descortinar depois de um dia desses morimbundo de chuva. Mas ele voltará radiante pendurado na primeira oportunidade azul de um belo dia. Então irei me deleitar, quando o por do sol regressar com seu manto suave la adiante por trás dos morros pintando a Lagoa com seus raios, feito pinceis; finalizando num lugar muito distante, inalcançável, para nós. E quando o sol deitar para dormir vamos torcer para que o tempo não nos roube mais uma vez um novo alvorecer. Na esperança que os dias permaneçam limpos e puros sem a possibilidade de perdermos mais um fascinante por de sol.

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